A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um tipo de psicoterapia desenvolvida pelo Dr. Aaron Beck e seus colaboradores na década de 1950, e desde a década de 1970 vem ganhando crescente aceitação entre psicólogos e psiquiatras.
É uma psicoterapia voltada para a resolução dos problemas. Tem uma abordagem direta e breve. Promove o entendimento de como os pensamentos, emoções e comportamentos afetam o momento presente do paciente. A TCC reconhece que os acontecimentos do passado moldaram a maneira como o paciente pensa, sente e se comporta hoje. Convida o paciente a olhar para o passado, e compreender como crenças limitantes foram criadas a partir da interpretação de acontecimentos, e como elas ajudaram a moldar padrões de pensamento e comportamentos aprendidos na infância.
A TCC explica que o que nos afeta não são os acontecimentos e sim a forma que os interpretamos. Apoia-se em uma relação colaborativa entre o terapeuta e o paciente, na qual ambos têm um papel ativo através do processo psicoterápico. O psicólogo tem o papel de ajudar a reconhecer o problema do paciente, explicar sobre o diagnóstico, como será o tratamento, dar feedback. Assim inicia-se um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudança de padrões de pensamentos, mudança de emoções e surgimento de comportamentos mais adequados e positivos no presente. O paciente decide sempre o que deseja e quanto deseja mudar. Ele contribui e aprende sobre como resolver o problema que o trouxe para a terapia. Com o tempo, ele mesmo aprende identificar seus pensamentos e comportamentos disfuncionais, e aprende a corrigi-los.
A TCC tem sua eficácia comprovada através de estudos empíricos, e se aplica a maioria dos problemas da vida. É indicada tanto para crianças e adolescentes, como adultos ou casais, já que instrumentaliza o paciente para que ele possa desenvolver habilidades para lidar com os próprios sentimentos, reduzindo sintomas e sofrimento, promovendo o autoconhecimento, bem-estar e a melhora na qualidade de vida.